quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Montanhas geladas da Suíça abrigam complexos de lazer e esportes

A temporada de inverno na Europa injeta doses extras de aventura nas visitas aos complexos de lazer dos Alpes suíços. A neve cobre completamente as cadeias de montanhas, atraindo esquiadores, snowboarders e também visitantes que só querem curtir o frio e o branco excessivo da paisagem. Dois desses centros de esporte e diversão para todas as idades são Jungfraujoch, no cantão de Berna, nas proximidades de Interlaken, e o Monte Titlis, no vilarejo de Engelberg, resort de esqui a apenas 35 km de Lucerna, na região central da Suíça. Para Jungfraujoch, o acesso é por trem, numa linha especialíssima, em túnel, que leva à estação mais alta da Europa. Para o cume do Monte Titlis, são três etapas de teleférico, um deles giratório.
Divulgação

A 178 km de Zurique, Interlaken é um dos principais destinos de aventura da Europa, cujo nome significa, literalmente, Entre Lagos: os gigantescos Thun e Brienz, circundados pela paisagem alpina de florestas de pinheiros, com a moldura, ao fundo, dos picos Eiger, Monch e Jungfrau. As linhas ferroviárias fazem da cidade o ponto de partida para visitar um Patrimônio Natural da Humanidade, título concedido pela Unesco, em 2001, ao conjunto de montanhas, vales e geleiras onde está situado o Junfraujoch – Top of Europe. Trata-se da estação de trem mais alta do continente europeu, a 3.454 m de altitude, que, para o orgulho dos suíços, foi inaugurada há quase 100 anos, em 1912.
Duas guerras mundiais depois, o trajeto se mantém o mesmo: os 12 km de subida íngreme desde Kleine Scheidegg, ponto de encontro de alpinistas e esquiadores, até o “topo da Europa” nos Alpes suíços. Dos 12 km da linha de trem, 10 km foram cavados na rocha. No túnel, os passageiros fazem duas paradas rápidas para, protegidos do frio por janelões, apreciar a vista do monte Eiger, do vale de Grindelwald e dos picos permanentemente brancos da cadeia montanhosa.
Lá em cima, no desembarque do trem, descortina-se em vários andares um complexo de entretenimento no gelo, com cinco restaurantes, lojas, pistas para esqui, snowboard e trenós puxados por cachorros, o Palácio do Gelo e um observatório com mirantes espetaculares, o Sphinx, situado a 3.571 m de altitude. A neve se forma mesmo nos meses de verão, de junho a setembro, quando a temperatura ao ar livre se aproxima do 0°C. No inverno, a partir de dezembro, pode cair para 20°C negativos. Confortável e permanentemente aquecido nos ambientes internos, o Jungfraujoch recebe de 4.000 a 6.000 visitantes por dia, de todos os cantos do mundo, com número crescente de turistas da Índia (um dos maiores restaurantes se chama Bollywood) e de grupos chineses, coreanos e japoneses. Muitos caminham na neve fofa pela primeira vez na vida.
A partir de Interlaken, dois outros passeios às montanhas levam ao Harder Kulm, com o funicular subindo a 1.323 m de altitude, para um platô com vista para os grandes lagos, e a Schynige Platte, sede de jardim botânico e hotel a 1.967 m de altitude. A linha de trem de Wilderswill para Schynige Platte está em operação há quase 120 anos, desde 1893.
Cris Gutkoski/UOL

Uma experiência tipicamente suíça, simultânea ao prazer de ficar subindo e descendo as encostas dos Alpes, consiste em degustar chocolates e queijos. Em Interlaken, o lugar ideal para conhecer a preparação de trufas, pralinés e barras do legítimo chocolate suíço é a confeitaria Schuh, que também funciona como escola de chocolatiers.
No Chocolate Show, uma apresentação diária, à tarde, descobre-se que os melhores grãos de cacau são trazidos atualmente da Bolívia, Colômbia, Venezuela e Equador. O mestre-confeiteiro Gino Eigenher conta a história da bebida chocolate descoberta na América Latina e levada para a Europa, dos primeiros bombons produzidos por italianos e da família Lindt, pioneira nos chocolates industrializados da Suíça. “O chocolate dá sensação de poder”, ele afirma. Fundada em 1818, a Schuh diversificou o seu atendimento no restaurante, em anos recentes, para atender grandes grupos de turistas asiáticos. O cardápio serve a culinária européia, tailandesa e chinesa. Ao entardecer, na hora do jantar, quem deixa a sala da degustação de chocolates e caminha até a loja se sente envolvido pelo aroma de curry, açafrão e outras especiarias do Oriente.

Gôndolas e queijos em Engelberg
Localizada num bonito vale entre montanhas e lagos glaciais, como o Trübsee, Engelberg tem cerca de 4.000 habitantes e vive do turismo o ano inteiro, com capacidade para acomodar cerca de 6.000 visitantes na alta temporada de esportes de inverno, em hotéis, pousadas e guest-houses. O Monte Titlis, sua principal atração, oferece 82 km de pistas oficiais de esqui e snowboard, além de rotas para tobogãs, escaladas em montanhas, esqui de fundo e até rapel entre as escarpas geladas.
A Estação Glaciar do Titlis, a 3.028 m de altitude, exibe a cadeia de montanhas nevadas num grande terraço, e também pelas janelas panorâmicas de seus cinco restaurantes. Lá dentro, a calefação é permanente, o que não faz derreter os sorvetes suíços Mövenpick, balcão de fila permanente. Quem se aventura ao ar livre pode ver os picos gelados de perto, acomodado no Ice Flyer, um teleférico de cadeira para cinco pessoas (o trajeto dura oito minutos). Com preparo físico, roupas apropriadas e guia, dá para fazer uma caminhada na neve até Gross-Titlis, a 3.229 m de altitude, o pico mais alto de toda a região. No Glacier Park, crianças e adultos curtem o snow-tube (um tipo de pneu que rodopia morro abaixo), as motos de neve, os trenós e outros brinquedos.
Da base de Engelberg até o topo, são 40 minutos de passeio sobre um dos relevos mais impressionantes do coração da Europa. Começa em gôndolas para seis pessoas até Trübsee, sede do Berghotel Trübsee, hotel para esquiadores diante do lago azul de mesmo nome, já a 1.800 m de altitude. Em seguida, entra-se num bondinho para 80 pessoas que segue até Stand, a 2.428 m, de onde parte o Titlis Rotair, o primeiro teleférico do mundo que gira 360° ao longo de cinco minutos, inaugurado em 1992, também com capacidade para 80 pessoas em pé. O trajeto morro acima pode ser feito diariamente das 8h30min às 15h40min, com a última descida do Titlis às 16h30min.
Engelberg também é famosa pelo Monastério Beneditino, construído no século 12 e reformado no século 18, após um incêndio. A visita guiada mostra obras de arte, a capela de estilo barroco, quartos de monges e de hóspedes especiais, como músicos, e o Quarto das Virtudes, que custou ao frei Louis Colomban dez anos de trabalho em 34 painéis de madeira entalhada. Vizinha do monastério está uma pequena fábrica de queijos, recanto especial do vilarejo que merece uma visita sem pressa. Num amplo salão que combina os tanques da fábrica em redoma de vidro, loja e restaurante, dá para acompanhar a preparação do brie, degustar queijos e vinhos leves (ideais para as grandes altitudes) e se demorar na escolha de suvenires típicos. A Schaukäserei Kloster exibe todos os tamanhos e formas de marmotas, ovelhas e vacas de pelúcia. Fonte da matéria prima de queijos e chocolates, a vaca é um dos adoráveis símbolos dos Alpes. Nos campos próximos às linhas de trem ou em museus ao ar livre como o Ballenberg Museum, as vacas, bezerros e seus sinos no pescoço posam ruminando para longos ensaios fotográficos.

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As sete rotas panorâmicas de trens
O inverno também convida a conhecer a rota de trem mais procurada da Suíça, segundo Andreas Nef, do Swiss Travel System: a Glacier Express, que em oito horas leva os viajantes de Zermatt à badalada St. Moritz, passando por Davos, sede do Fórum Econômico Mundial. Os vagões têm janelas panorâmicas, com parte do teto envidraçado, o que permite a visão privilegiada das montanhas nevadas. As chamadas rotas panorâmicas, especiais para os turistas, são sete: Glacier Express, Bernina Express, GoldenPass Line, Guilherme Tell Express, Palm Express, Pre-Alpine Express e RegioExpress Lötschberger. Elas percorrem o país de norte (Romanshorn) a sul (Lugano) e de leste (Davos) a oeste (Montreaux), contemplando as múltiplas paisagens e culturas do país.
O bilhete – chamado de Swiss Pass – dá direito a todas as rotas, em qualquer horário, e custa a partir de 168 euros, para quatro dias consecutivos de uso, ou 243 euros, para oito dias, na segunda classe. Grupos de duas pessoas ou mais têm desconto de 15%. Menores de 26 anos também ganham descontos especiais, e crianças e adolescentes de até 16 anos não pagam passagem, se acompanhados de um dos pais com bilhete. Na Suíça, casais e famílias são incentivados a viajar de várias formas: é possível despachar as malas nas estações de trem diretamente para o hotel ou o aeroporto, há vagões com mesas e sofás para jogos ou lanches , vagões para acomodar bicicletas e ainda vagões para uma parte importante da família, os cães de estimação. Que em cidades como Interlaken e Engelberg freqüentam hotéis, museus e restaurantes com pose de quem fez reserva.

Serviços:
MySwitzerland.com – Portal de Turismo da Suíça
Interlaken Tourismus – Serviço de Informações Turísticas
Tel: +41 (0) 33 826 53 06
Engelberg Titlis Tourismus AG Tel: +41 (0) 41 639 77 77
Swiss Travel System – Informações e compra de bilhetes de trem
Fonte: UOL Viagem por Cris Gutkoski

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Paraitinga reúne calor e águas cristalinas para a prática do rafting

Cidade do interior paulista atrai aventureiros em busca cenários paradisíacos
São Luiz do Paraitinga, no topo da Serra do Mar paulista, encanta seus visitantes com cenários maravilhosos. Rodeado por três rios, Paraitinga, Paraibuna e Chapéu, a cidade é excelente ponto de encontro de amantes do rafting e de esportes de aventura. As férias de janeiro são perfeitas para aproveitar o verão em meio a bosques exuberantes.No meio da Mata Atlântica, em um clima revigorante, as águas claras do Paraibuna, na estação do calor, são o local perfeito para o rafting. Os praticantes podem aproveitar os diversos riachos e criar trajetos especiais com maior ou menor grau de dificuldade.
Equipes especializadas oferecem diversos roteiros que mesclam caminhadas e passeios de bicicleta ao rafting. Quem tem espírito aventureiro vai se sentir em casa.
Além da vida ao ar livre, São Luiz oferece diversas opções de acomodações e atividades na cidade. Uma feira de artesanato permanente expõe a riqueza cultural da população local. Arquitetura colonial, esculturas e igrejas tradicionais são mostras da beleza artística em que Paraitinga se encontra.
Além disso, seus inúmeros restaurantes e pousadas, aliados ao clima temperado, tornam a cidade um ótimo lugar para visitantes de qualquer parte do Brasil. Mais informações podem ser obtidas no site www.saoluizdoparaitinga.sp.gov.br

Como Chegar
Para chegar em São Luís do Paraitinga, deve-se chegar em Taubaté (Rodovia Presidente Dutra) ou chegar em Ubatuba (BR 101 - Rio Santos), acesse a Rodovia Dr. Oswaldo Cruz, a cidade está localizada no Km 42,5.
Fonte: EcoViagem